"A voz do passado tem importância para o presente" THOMPSON, Paul.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

A trajetória das rádios públicas e as dificuldades para conquistar ouvintes sem perder a qualidade

No início da experiência radiofônica brasileira, ainda na década de 20, o rádio era um veículo com pouco apelo popular.

Além dos caros transmissores, a programação concentrava-se, principalmente, na transmissão de óperas e música clássica.

A audiência elitista do rádio contrastava com os ideais do pioneiro do rádio no Brasil, Edgard Roquette-Pinto.

Fundador da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, em 1923, o professor e antropólogo Roquette-Pinto dizia que o rádio era a escola de quem não tem escola.

O intelectual sonhava com uma rádio exclusivamente educativa e cultural.

E, por isso, mesmo após a liberação da propaganda no rádio, na década de 30, Roquette-Pinto se recusava a vender espaços publicitários na Rádio Sociedade.

O resultado: diversas crises financeiras dificultavam a manutenção da emissora.

Sem condições para continuar seu projeto, Roquette-Pinto decidiu doar a Rádio Sociedade ao Ministério da Educação, em 1936.

No ano seguinte, surgiu a Rádio Ministério da Educação, hoje Rádio MEC.


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